segunda-feira, 4 de julho de 2011

TRANSPLANTE RENAL

O transplante é a substituição dos rins doentes por um rim saudável de um doador. É o método mais efetivo e de menor custo para a reabilitação de um paciente com insuficiência renal crônica terminal.
A técnica cirúrgica e os cuidados do transplante renal foram bem estabelecidos como tratamento adequado para a insuficiência crônica renal a partir de 1965.
Hoje, no Brasil, aproximadamente 35.000 pacientes com insuficiência renal crônica estão em tratamento pela diálise. Destes, somente três mil conseguem ser transplantados anualmente. A razão dessa longa fila de espera se deve ao pequeno número anual de transplantes renais. No Brasil, só conseguimos transplantar 10 % dos pacientes que estão na lista de espera.
Além disso, a mortalidade em hemodiálise em todo o mundo e no Brasil é da ordem anual de 15 a 25 %. Se somarmos os pacientes transplantados (10 %) aos que morrem em hemodiálise (15 a 25 %) restam anualmente 65 a 75 % de pacientes na lista de espera. A esse grupo deve-se somar os novos renais crônicos que surgem todo o ano, em torno de 35 a 50 para cada um milhão de habitantes.
QUEM PODE FAZER TRANSPLANTE RENAL?
Todo o paciente renal crônico pode se submeter a um transplante desde que apresente algumas condições clínicas como: suportar uma cirurgia, com duração de 4 a 6 horas; não ter lesões em outros órgãos que impeçam o transplante, como cirrose, câncer ou acidentes vasculares; não ter infecção ou focos ativos na urina, nos dentes, tuberculose ou fungos; e não ter problemas imunológicos adquiridos por muitas transfusões ou várias gestações.
QUEM PODE DOAR UM RIM?
Podem doar rim pessoas vivas e pessoas em morte cerebral. O doador vivo pode ser da família (pai, mãe, irmão, filhos), ou de outra pessoa relacionada com o receptor. Todos os doadores vivos devem estar em plena consciência do ato que estão praticando. Após serem examinados clínica e laboratorialmente e se não apresentarem nenhuma contra-indicação podem doar o rim.
Algumas vezes são realizados transplantes com doador vivo não relacionado, exemplo esposa (o). Nesses casos a investigação realizada é muito maior e deve haver algum grau de compatibilidade dos tecidos para não haver rejeição.
É muito importante em todo o transplante, seja de doador vivo ou não que o sangue e os tecidos sejam compatíveis. Essa semelhança evita que o sistema de defesa imunológica do receptor estranhe o novo rim e o rejeite. Para isso, são feitos exames da tipagem sangüínea (ABO) e dos antígenos dos glóbulos brancos (HLA). O HLA é um exame igual ao de paternidade e/ou maternidade.
Para o doador por morte cerebral, há uma rotina e um protocolo nacional que são seguidos rigidamente pelas equipes de transplante. Os principais passos são os seguintes:
1Constatar a morte cerebral;
2Afastar qualquer doença que inviabilize o transplante;
3Reconhecer a viabilidade do órgão a ser doado;
4Realizar as provas de compatibilidade;
5Procurar o receptor mais parecido (compatível);
6Enviar o órgão ao local da cirurgia do receptor.
COMO SE PREPARA UM TRANSPLANTE DE DOADOR VIVO?
O transplante de doador vivo é um processo que segue os seguintes passos:
1São afastadas as contra-indicações de ordem física e de fundo emocional;
2Compara-se o grupo sangüíneo do doador e do receptor que devem ser compatíveis;
3Verifica-se a compatibilidade (HLA), semelhança entre o receptor e o doador;
4Estuda-se o doador para verificar se pode doar sem prejuízos e se não tem alguma doença;
5Estuda-se o receptor para verificar se não está sensibilizado para evitar crise aguda de rejeição contra o rim doado;
6Deve-se começar antes da cirurgia o tratamento com os imunossupressores;
Esses são os passos principais, mas o transplante de rim de doador vivo ou não tem rotinas específicas de cada equipe de transplante.
CUIDADOS COM O PACIENTE TRANSPLANTADO:
Após a cirurgia, iniciam-se os cuidados médicos que vão durar para toda a vida do transplantado. Exames clínicos e laboratoriais são feitos diariamente durante os primeiros 15 a 20 dias para diagnosticar e prevenir as rejeições.
Após a alta, o transplantado faz exames clínicos e laboratoriais semanalmente, por 30 dias, depois duas vezes por mês. Os três primeiros meses são os mais difíceis e perigosos, porque é o período no qual ocorre o maior número (75%) de rejeições e complicações infecciosas.
A partir do terceiro mês, iniciam-se os exames mensais durante 6 meses. E o controle vai se espaçando conforme a evolução clínica e o estado do rim.
Nunca, sob hipótese alguma, o paciente pode interromper ou modificar a medicação, ou deixar de fazer os exames indicados. É uma obrigação para o resto da vida. Uma falha pode ser fatal. A crise de rejeição pode ocorrer a qualquer momento, mesmo após muitos anos de um transplante bem sucedido.

www.abcdasaude.com.br

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Campanha "Seja um associado colaborador!"

Estamos com uma campanha para cadastrar novos associados que possam colaborar mensalmente com qualquer valor. Ajude! Divulgue!

Para doar é só ligar para (55)3243-4143 e faremos seu cadastro.

Ligue, tire suas dúvidas e participe da nossa causa!





quarta-feira, 22 de junho de 2011

Prestação de contas

Prezados amigos, a partir de agora iremos postar nosso balancete trimestralmente, para que todos possam conferir nossa prestação de contas com a comunidade que nos apoiam sempre.




segunda-feira, 20 de junho de 2011

Conhecendo e tratando as dislipidemias

Dislipidemia são altos níveis de gorduras circulando no seu sangue. Essas gorduras incluem colesterol e triglicérides.
O que você deve saber sobre o colesterol
Primeiro você deve entender que o colesterol não é um vilão!
Colesterol é uma gordura fabricada no fígado, necessária para a vida, constituindo-se matéria-prima para fabricação de bile, produção de hormônios, síntese de vitamina D e é fundamental na constituição da membrana celular. O colesterol é parte de um corpo saudável mas, se está demais no seu sangue, pode ser um problema.
Em nosso organismo 70% do colesterol é sintetizado no fígado e 30% provém da alimentação. Nos indivíduos sadios os níveis sanguíneos normais são: Colesterol total menor que 200mg/dl, e suas frações: LDL menor que 100mg/dl e HDL acima de 40mg/dl no homem e acima de 50mg/dl na mulher.
Quando os níveis de colesterol do sangue encontram-se elevados, pode ocorrer um acúmulo dessa gordura nas artérias, provocando seu estreitamento e o bloqueio do fluxo sanguíneo. A essa ocorrência chamamos de aterosclerose, a qual pode ter como consequência o desencadeamento de um infarto do miocárdio, tromboses e aneurismas.


 Uma das causas do aumento do colesterol no sangue é o excesso de consumo de gorduras animais (saturadas) e gorduras trans/gorduras hidrogenadas, bem como o excesso de peso e o sedentarismo.
Para prevenir isso, evite principalmente as frituras.



A reeducação alimentar é a primeira estratégia usada para manter o colesterol em níveis normais. Saiba também que o aumento da atividade física é um fator muito importante para tratar a hipercolesterolemia:
PREFIRA
EVITE

Leite e derivados:
  • Leite semi-desnatado, desnatado, bebida à base de soja
  • Margarina sem gordura trans, creme vegetal
  • Iogurtes desnatados, diet / light
  • Queijo branco magro, ricota, cottage

Leite e derivados:
  • Leite integral (tipos A e B)
  • Manteiga, margarinas duras
  • Iogurtes
  • Queijos amarelos

Óleos e gorduras:
  • Preparações assadas, cozidas, grelhadas, ensopadas, sauté

Óleos e gorduras:
  • Gorduras: bacon, banha, torresmo, azeite de dendê
  • Frituras e preparações: à dorê e à milanesa
  • Salgadinhos fritos e de pacote

Carnes em geral:
  • Carnes magras (patinho, coxão mole e duro, músculo, etc), peixes (sardinha, pescada, salmão)
  • Aves (sem pele), peito de peru, chester

Carnes em geral:
  • Carnes gordas (cupim, costela, picanha, etc.)
  • Embutidos (salame, lingüiça, mortadela, etc.)
  • Aves com pele
  • Miúdos em geral
O que você deve saber sobre os triglicérides
Os triglicérides são gorduras que têm como principal função a produção de energia para o funcionamento do organismo. Entretanto, um nível elevado de triglicérides deve ser evitado, pois é um dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares, principalmente quando associado a hipercolesterolemia.
Nessa situação não basta apenas controlar a gordura da dieta. É preciso também modificar a quantidade e a qualidade dos carboidratos ingeridos. Esses nutrientes são as principais fontes de energia da alimentação e são encontrados em massas, pães, açúcares, mel, cereais, batata e mandioca, entre outros. O excesso de carboidratos transforma-se em triglicérides dentro do organismo. Evite os carboidratos simples que são os doces e o açúcar.









PREFIRA
EVITE

  • gelatina e sorvete diets
  • adoçantes artificiais (sucralose)
  • pão integral
  • arroz integral


  • doces preparados com açúcar comum, frutose  e mel
  • pães doces ou recheados
  • farinhas para mingau e cereais com açúcar ou mel


Fonte: HEVOISE FÁTIMA PAPINI- Nutricionista CRN-3:7466- 
Mestre pela Universidade Federal de S.P-UNIFESP