terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dia da doação de órgãos


Outubro é só alegria!

Queremos agradecer a comunidade por nos apoiar, com as doações e as vendas no nosso Brechó Solidário foi possível comprar a maioria do material para a reforma da nossa nova sede.

Brevemente estaremos inaugurando e você será nosso convidado especial.

Aguarde!

Para doar é só ligar 3243-4143 ou ir no nosso endereço atual, rua Senador Salgado Filho nº: 470.

Último Brechó de 2011


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Qual a melhor dieta para pessoas com diabetes?



O Diabetes Mellitus é uma disfunção causada pela deficiência total ou parcial de produção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas. Como conseqüência a glicose não é aproveitada adequadamente pelas células provocando sua elevação no sangue, ultrapassando as taxas normais ( 70 a 100 mg/dl ).

Ter diabetes não significa renunciar a todos os alimentos que você gosta e sim ter uma alimentação equilibrada como devem ter todas as pessoas, com ou sem diabetes. Portanto, a dieta para quem tem diabetes deve conter todos os grupos de alimentos.

Talvez a melhor forma de cuidar do diabetes seja controlar o peso. Sim! O ganho de peso acima dos parâmetros considerados ideais é responsável por várias doenças crônicas e também prejudica o controle do diabetes. Estar acima do peso aumenta a resistência à insulina, tornando mais difícil para os diabéticos controlar os níveis de glicose no sangue e tornando mais provável que pessoas sem diabetes a desenvolvam.

No Brasil, dados apontam que 50% da população adulta têm peso acima do ideal. Esses dados são alarmantes, pois o sobrepeso está intimamente ligado ao aumento da pressão e ao surgimento e descontrole do diabetes.

Para controlar o peso, saiba que você precisa evitar frituras, doces e preparações com açúcar, como por exemplo, refrigerantes. Além disso, a atividade física exerce extrema importância no bom funcionamento do nosso corpo e ajuda muito a controlar o ganho de peso. Uma caminhada de 30 minutos por dia pode ser suficiente! Com esses três cuidados, é possível atingir o peso ideal.

Quando o diabetes está instalado, é muito importante que você consuma alimentos de 3 em 3 horas para que o metabolismo fique estável e seus níveis de glicose também. Você deve consumir carboidratos (pães, biscoitos, cereais) de preferência integral, proteínas (carnes, laticínios, ovos e leguminosas), gorduras (azeite, óleo, manteiga), vitaminas e minerais (frutas, legumes e verduras). Note que esses nutrientes devem ser consumidos nas proporções adequadas para manter seu peso ideal.

Mas, além do controle do peso, é preciso controlar a ingestão de sal ou sódio. Uma forma prática de evitar o excesso de sódio é evitar o uso de alimentos industrializados, pois o sódio é usado como conservante destes produtos. Portanto, evite usar alimentos enlatados, embutidos, refrigerantes (especialmente os diets/ligths), empacotados como salgadinhos, temperos prontos, sopas em pacotes.

Então, a melhor dieta para quem tem diabetes é rica em fibras, controlada em sal, açúcar e frituras, ou seja, uma dieta prá lá de saudável!

Fonte: HEVOISE FÁTIMA PAPINI
NUTRICIONISTA - CRN-3: 7466
Mestre pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

3º BRECHÓ SOLIDÁRIO ALÔ RIM

Foi adiado para dia 14 de outubro nosso último brechó do ano, devido as comemorações da SEMANA FARROUPILHA.
Caso você tenha algo para doar pode entregar na rua Conde de Porto Alegre 1468, ou ligue e vamos pegar no seu endereço.

DOE! AJUDE!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Diabetes e Gravidez


A ansiedade faz parte de qualquer gravidez. No caso das pacientes diabéticas, essa sensação não se resume a saber se o futuro filho será menino ou menina, parecido com o pai ou com a mãe, calmo ou manhoso. A gestante diabética quer saber, principalmente, se o diabetes irá prejudicar o seu bebê..
É certo que a gravidez da paciente diabética pode apresentar complicações que normalmente não ocorrem na mulher sem diabetes. Porém isso não significa que o problema irá acontecer. Há várias formas de prevenção e a futura mãe tem um papel decisivo nessa fase. Para ter um bebê saudável, basta que ela aprenda a controlar a sua gravidez.
Seguindo as recomendações da equipe de especialistas que vai acompanhá-la, a gestante terá todas as chances de não enfrentar qualquer contratempo. Essas recomendações giram sempre em torno do controle da glicemia e da programação da chegada do filho, que se inicia da seguinte forma: ao decidir engravidar, a paciente deve procurar seu médico para receber a orientação mais adequada.
Ele dirá o que fazer e pedirá os exames necessários. É sempre bom começar o controle alguns meses antes de engravidar. Assim, pode-se pesquisar a existência de complicações, como retinopatia e nefropatia, que teriam que ser tratadas durante a gestação.
A endocrinologista Ingeborg Christa Laun, especialista no assunto, explica a importância da programação da gravidez: "Todas as malformações que acontecem nos filhos de mães diabéticas afetam órgãos que se formam nas oito primeiras semanas de vida intra-uterina. Ou seja, quando a mulher às vezes nem sabe que está grávida. É importante programar a gravidez para que a paciente esteja muito bem controlada, pelo menos nos seis meses anteriores".
O controle da glicemia durante a gravidez diminui a probabilidade de a criança ter diabetes, um dos maiores temores da mãe diabética. "Quanto maior esse controle, menor o risco do bebê de mãe diabética ser diabético do tipo 2 na vida adulta", explica a Dra. Ingeborg. Também são pequenas as chances de uma mãe diabética tipo 1 ter um filho com essa doença. "A chance chega a 1% ou 2%".
A Dra. Ingeborg lembra um alerta feito por J.J. Hoet, estudioso de diabetes e gravidez , para a importância do controle da glicemia de uma futura mãe. Segundo Hoet, "quando uma menina se torna diabética, ela precisa estar consciente de que, cedo ou tarde, será mãe. E, por causa disso, o seu controle glicêmico é essencial para prevenir complicações prejudiciais para ela e para o filho". Para a médica, o lembrete é muito oportuno porque chama a atenção para um fato: o de que "o bom controle que elas têm pela vida afora vai definir se o bebê irá nascer com mais ou menos complicações".
Mas isso não significa que para ter um filho é preciso se programar desde a adolescência. Se a paciente descobriu a gravidez já no segundo mês, não há motivo para desespero. O medo e apreensão dificultam o controle da taxa de glicemia no sangue. A melhor saída, em todos os casos, é ter confiança, procurar um médico imediatamente e seguir à risca o tratamento.
Otimismo Torna Tudo Mais Fácil 
Muitas mães se sentem culpadas e temerosas de que o filho venha a ter problemas por conta do diabetes, atitude que dificulta o tratamento. Por isso, a Dra. Ingeborg aconselha: "É preciso ter sempre em mente que tudo dará certo".
Contar com o acompanhamento de um psicólogo às vezes é o melhor nas situações de estresse. Outra grande ajuda é conhecer o desenvolvimento da gravidez em diabéticas, para evitar sobressaltos. Por exemplo: à medida que a gravidez avança, a necessidade de insulina aumenta. "Isso significa que a placenta funciona muito bem e não é motivo para sustos", garante a doutora.
Há um outro fato também normal, mas que pode deixar a mãe intranqüila caso não esteja devidamente informada. Como o bebê corre o risco de ter hipoglicemia e precisa ser vigiado, ele permanece, logo após o nascimento, em um berçário de alto risco por pelo menos 6 a 12 horas, podendo ficar até 24 horas.
Insulina Substitui Antidiabéticos Orais
Apesar de ideal, a programação da gravidez nem sempre acontece. Felizmente, o risco para essa paciente não é tão alto, a menos que o diabetes esteja muito descontrolado. Nesses casos, deve ser dada uma atenção ainda maior ao tratamento.
No início da gestação, geralmente as pacientes são vistas pelo médico de 15 em 15 dias. "A monitorização domiciliar da glicemia capilar é fundamental", alerta a Dra. Ingeborg. A média é de quatro testes por dia. Além disso, deve ser feito um exame de hemoglobina glicosilada a cada mês; microalbuminúria (para verificar o estado dos rins) e exame de fundo de olho a cada trimestre; eventualmente um mapa da pressão arterial; e as ultra-sonografias (antes de 20 semanas, no segundo trimestre e no final da gravidez).
Os antidiabéticos orais não podem ser usados e o controle da glicemia é feito com insulina, que não apresenta risco para o bebê, por não passar pela placenta. "O que passa livremente pela placenta é a glicose", explica a médica.
Ela acrescenta que se a glicose da mãe estiver bem, o feto terá uma oferta normal. Caso esteja alta, o pâncreas do feto, tão logo comece a funcionar, por volta de 10 ou 12 semanas de vida, começará a responder a essa hiperglicemia aumentando a produção de insulina. Isso poderá acarretar para o feto a hiperinsulinemia, responsável por uma série de complicações.
"Gestante que não se cuida bem corre um risco bem maior de perder o neném, de ele nascer prematuro ou com problemas", alerta a especialista, acrescentando que o bom controle da gestação da diabética faz com que a incidência de complicações seja a mesma verificada entre a população em geral.

Ideal é o Parto sem Sofrimento para o Bebê

Na hora de escolher entre o parto normal ou a cesárea, a indicação vem do obstetra. Em pacientes diabéticos tipo 1, que têm a doença há muito tempo, geralmente a indicação é de parto cesáreo. E não existe uma semana certa para ele ser realizado. Segundo explica a Dra Ingeborg, não se interrompe uma gravidez que está indo bem. O ideal é ir até a 38a semana, mas a gestação tem de ser interrompida mais cedo se houver qualquer sinal de sofrimento do feto.
Independentemente do parto ser normal ou cesáreo, a paciente tem que ter uma assistência médica constante, porque a necessidade de insulina diminui após o nascimento do bebê, podendo provocar uma hipoglicemia na mãe.
O ideal é que o acompanhamento da gravidez seja feito por uma equipe multiprofissional: endocrinologista ou diabetólogo, obstetra, nutricionista, enfermeira e, em alguns casos, psicólogo. É importante que a equipe mantenha contato, estando sempre atenta ao que está acontecendo com a paciente.
Não há como negar que o acompanhamento clínico da gravidez de uma paciente diabética é caro. Principalmente por causa dos exames e testes diários de glicemia. Para quem tem plano de saúde, isso não é um problema, já que as empresas cobrem esses gastos. As gestantes que não contam com o plano podem recorrer à rede pública para ter o bebê, devendo estar atentas a alguns itens que darão maior segurança durante a gestação.
O primeiro passo é procurar um endocrinologista que indique um obstetra ou vice-versa. É importante que haja uma boa comunicação entre os dois especialistas, porque, dessa forma, a paciente começa a criar a sua própria equipe. Embora todos os exames tenham sua indicação, não se pode deixar de realizar a observação clínica da paciente, que consiste em pesá-la, ouví-la e examiná-la. "A gestante pode e deve ter uma participação ativa em todo o processo. Como no próprio diabetes, as coisas mais importantes são a aceitação, a mudança de comportamento e a adesão ao tratamento", conclui a Dra. Ingeborg Laun.


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Veja essa bela história que apareceu no Fantástico!


Incrível esse exemplo!!! 
Assista e veja a importância de salvar uma vida!!! 
Seja você um divulgador da campanha de DOE ÓRGÃOS!DOE VIDA!
(Basta você avisar hoje para sua família e amigos que é um doador)

Deixe seu comentário sobre doação de órgãos.


Fonte:fantastico.globo.com

domingo, 11 de setembro de 2011

Hipertensão


O coração é a “bomba” responsável por fazer o sangue circular por todo o nosso corpo. A força com a qual esse potente órgão bombeia o sangue através dos vasos é chamada de pressão arterial. Ela é determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular pelos vasos. A pressão considerada normal é aquela que, na média, é igual ou inferior a 12 por 8, ou seja, máxima em 120 milímetros e mínima em 80 milímetros de mercúrio (mmHg).
A hipertensão arterial acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). Valores entre 12 por 8 e 14 por 9 são considerados limítrofes, ou pré-hipertensão, e podem merecer tratamento em alguns casos, conforme recomendação médica. As pessoas que têm maior risco de se tornarem hipertensas são aquelas que não têm hábitos alimentares saudáveis, ingerem muito sal, não fazem atividades físicas, exageram no consumo do álcool, são diabéticas ou têm familiares hipertensos. Após os 55 anos, mesmo as pessoas com pressão arterial normal têm 50% de chance de desenvolver a hipertensão.
Ter pressão alta aumenta as chances de ocorrência de infarto do coração, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e renal, impotência sexual, além de outras complicações que alteraram significantemente a qualidade de vida.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, quem é hipertenso e não faz o controle adequado pode ter uma redução na expectativa de vida de até 16 anos e seis meses.
Um estilo de vida saudável, com atividade física regular, controle do peso, alimentação equilibrada, medições de uso constante, segundo prescrição, e acompanhamento médico periódico são importantíssimos para que a pressão arterial esteja sempre controlada.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Seja um patrocinador.

Para patrocinar nossa causa é só ligar para 55-3243-4143 ou ainda pode enviar um e-mail para alorimlivramento@hotmail.com

Seja você também uma AMIGO DA SAÚDE!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Banco de talentos

Se você é criativo, tem iniciativa,  e gosta de organizar eventos;


Feiras;     

Palestras;  

e outros... 



Envie seu curriculum para alorimlivramento@hotmail.com

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Campanha relâmpago!

Pessoal estamos pedindo a colaboração de todos para uma campanha relâmpago para doar leite NAN 2.
 Caso você tenha sobrando algo ou possa comprar é só ligar para (55)3243-4143 ou 84062328 e iremos buscar.

Vamos ajudar as crianças que precisam tomar esse leite mas os pais não tem condições de comprar.
Ligue agora ou entregue na rua Conde de Porto Alegre 1468-sala 1.


Ajude um bebê!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

História curta. Assista!


Linda história para fazer a gente pensar!


Doe ÓRGÃOS

Poderíamos fazer uma lista de razões pelas quais você deve ser um doador, mas acho que você deve só responder uma pergunta.

"Se fosse com você, gostaria de viver?"


Apoie essa causa! 

sábado, 3 de setembro de 2011

Sódio e Sal. Qual a diferença?


Devido à confusão entre sal e sódio, resolvi fazer alguns esclarecimentos à população
leiga(população leiga, nesse caso, é toda pessoa que não tem formação em nutrição e dietética):

O que é o sal:
O sal de cozinha tem em sua composição sódio (Na) e Cloro (Cl), o que resulta em Cloreto de
sódio (NaCl). É essa combinação de elementos que confere o sabor salgado. 1g de sal (NaCl)
tem 400 mg de sódio.

No rótulo dos alimentos é descrito a quantidade de sódio e não de sal. A recomendação de
SÓDIO é de 1,6 a 2,4g por dia.

Quando o sódio está sozinho ou combinado com outros elemento pode não ter gosto de nada
ou levemente salgado. É o que acontece com os aditivos alimentares usados na conservação dos alimentos industrializados, onde o sódio é combinado com glutamato ou outros elementos.
Dessa forma, mesmo sem sabor salgado, a quantidade de sódio pode ser muito grande sem que se perceba.

Então:
Recomendação de sal (NaCl): 5 a 6g/dia
Recomendação de sódio (Na): 1,6 a 2,4g/dia.

Uma simples e 'inofensiva' sopinha instantânea contém aproximadamente 680mg de sódio. Isso pode representar a metade de sódio que se deve consumir em 24horas.

ATENÇÃO
: O sódio NÃO É UM VENENO. É um elemento VITAL. Não existe vida humana
sem sódio (até o presente momento). Não existe nenhum alimento que seja ruim. Existem é pessoas que fazem mau uso dos alimentos.

Leia os rótulos sempre. Se tiver dúvidas, pergunte ao seu nutricionista. Nos dias de hoje, todos devem ter um.


Hevoise Papini
Nutricionista Clínica

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

EXAME DE URINA

Exame de urina - EAS
Tiras de EAS
1) EAS ou urina tipo I

O EAS é o exame de urina mais simples. Colhe-se 40-50 ml de urina em um pequeno pote de plástico. Normalmente solicitamos que se use a primeira urina da manhã e que se despreze o primeiro jato. Essa pequena quantidade de urina serve para eliminar as impurezas que possam estar no canal urinário. Em seguida enche-se o recipiente com o jato do meio.

Não é obrigatório que seja a primeira urina do dia.

A urina deve ser colhida idealmente no próprio laboratório, pois quanto mais fresca estiver, mais confiável são seus resultados. Um intervalo de mais de 2 horas entre a coleta e a avaliação normalmente invalidam qualquer resultado, principalmente se urina não tiver sido mantida sob refrigeração.
Exame de urina
O EAS é divido em 2 partes. A primeira é feita através de reações químicas e a segunda por visualização de gotas da urina pelo microscópio.

Na primeira parte mergulha-se na urina uma fita (dipstick) como as que estão na foto do início do texto e ao lado. Cada fita possuiu vários quadradinhos coloridos compostos por substâncias químicas que reagem com determinados elementos da urina. Esta parte é tão simples que pode ser feita no próprio consultório médico.
Exame de urinaApós 1 minuto, compara-se a cores dos quadradinhos com uma tabela de referência que costuma vir na embalagem das próprias fitas do EAS.
Exame de urinaAtravés destas reações e com o complemento do exame microscópico, podemos detectar a presença e a quantidade dos seguintes dados da urina:

- Densidade
- pH
- Glicose
- Proteínas
- Hemácias (sangue)
- Leucócitos
- Cetonas
- Urobilinogênio e bilirrubina
- Nitrito
- Cristais
- Células epiteliais e cilindros

Os resultados do dipstick são qualitativos e não quantitativos. A fita identifica a presença dessas substâncias, mas a quantificação é apenas aproximada. O resultado é normalmente fornecido em uma graduação de cruzes de 0 a 4.

Vamos, então, aos valores de referência:
a) Densidade:

A densidade da água pura é igual a 1000. Quanto mais próximo deste valor, mais diluída está a urina. Do mesmo modo, quanto mais afastado, mais concentrada ela está. Os valores normais variam de 1005 a 1035.

A densidade indica a concentração das substâncias sólidas diluídas na urina. Quanto menos água houver na urina, menos diluída ela estará e maior será sua densidade.

Urina com densidade próxima de 1030 indica desidratação. São muito amareladas e normalmente possuem odor forte
b) pH:

A urina é naturalmente ácida, pois o rim é o principal meio de eliminação dos ácidos do organismo. Enquanto que o pH do sangue está em torno de 7,4, o pH da urina varia entre 5,5 e 7,0

Valores maiores ou igual 7 podem indicar presença de bactérias que alcalinizam a urina. Valores menores que 5,5 podem indicar acidose no sangue ou doença nos túbulos renais.

O valor mais comum é um pH por volta de 5,5-6, porém, mesmo valores acima ou abaixo dos descritos podem não necessariamente indicar alguma doença. Este resultado deve ser interpretado pelo seu médico.
c) Glicose:

Toda a glicose que é filtrada nos rins, é reabsorvida de volta para o sangue pelo túbulos renais. Deste modo, o normal é não apresentar evidências de glicose na urina.

Os doentes com diabetes mellitus costumam apresentar glicose na urina. Como a quantidade de açúcar no sangue está muito elevada, o rim acaba recebendo e filtrando também uma grande quantidade deste. O problema é que a partir de valores de glicemia acima de 180-200 mg/dL a capacidade de reabsorção do túbulo renal é ultrapassada, e o paciente acaba perdendo glicose na urina.

Já a presença de glicose na urina sem que haja diabetes costuma ser um sinal de doença nos túbulos renais.

Portanto, só há glicose na urina se houver excesso desta no sangue ou se houver doença nos rins.
d) Proteínas:

A maioria das proteínas não são filtradas pelo rim, e por isso, em situações normais, não devem estar presentes na urina. Na verdade, existe apenas uma pequena quantidade de proteínas na urina, mas são tão poucas que não costumam ser detectadas pelo teste da fita. Portanto, o normal é a ausência de proteínas.

Existem 2 maneiras de se apresentar o resultado: em cruzes ou uma estimativa em mg/dL:

Ausência = menos que 10 mg/dL ou 0,05 g/L (valor de referência habitual)
Traços = entre 10 e 30 mg/dL
1+ = 30 mg/dl
2+ = 40 a 100 mg/dL
3+ = 150 a 350 mg/dL
4+ = Maior que 500 mg/dL

A presença de proteínas na urina se chama proteinúria, pode indicar doença renal e deve ser sempre investigada.
e) Hemácias na urina / hemoglobina na urina / sangue na urina:

Assim como nas proteínas, a quantidade de hemácias (glóbulos vermelhos) na urina é desprezível e não consegue ser detectada pelo exame da fita. Mais uma vez, os resultados costumam ser fornecidos em cruzes. O normal é haver ausência de hemácias (hemoglobina), ou seja, nenhuma cruz.

Como eu havia dito antes, a urina após o teste da fita, é examinada também em microscópio. Desta maneira, pode-se contar a quantidade de hemácias que estão presentes. Essa avaliação por microscópio é chamada de sedimentoscopia.

Através do microscópio consegue-se detectar qualquer presença de sangue, mesmo aquelas não detectadas pela fita. Neste caso os valores normais são descritos de 2 maneiras:

Menos que 
3 a 5 hemácias por campo ou menos que 10.000 células por mL

A presença de sangue na urina chama-se hematúria, e pode ocorrer por diversos motivos, desde um falso positivo devido a menstruação, até infecções, pedras nos rins e doenças renais graves.

Uma vez detectada a hematúria, o próximo passo é avaliar a forma das hemácias em um exame chamado de dismorfismo eritrocitário. Nem todo laboratório tem gente capacitada para executar esse exame. Por isso, muitas vezes ela não é feito automaticamente. É preciso o médico solicitar especificamente essa avaliação.

A presença de hemácias dismórficas, principalmente se em mais de 50%, indica uma doença dos glomérulos.
f) Leucócitos ou piócitos

Os leucócitos (piócitos) são os glóbulos brancos, nossas células de defesa. A presença de 
leucócitos na urina costuma indicar que há atividade inflamatória nas vias urinárias. Em geral sugere infecção urinária, mas pode estar presente em várias outras situações, como traumas, drogas irritativas ou qualquer outra inflamação não causada por uma agente infeccioso. Podemos simplificar e dizer que leucócitos na urina significa pus na urina.

Como também são células, os leucócitos podem ser contados na sedimentoscopia. Valores normais estão abaixo dos 
10.000 células por mL ou 5 células por campo

Alguns dipsticks apresentam um quadradinho para detecção de leucócitos, normalmente o resultado vem descrito como esterase leucocitária. O resultado normal é estar negativo.
g) Cetonas ou corpos cetônicos:

Os corpos cetônicos são produtos da metabolização das gorduras. Normalmente não estão presentes na urina. A sua detecção pelo dipstik pode indicar diabetes descompensado ou jejum prolongado.
f) Urobilinogênio e bilirrubina

Também normalmente ausentes na urina, podem indicar doença hepática (fígado) ou hemólise (destruição anormal das hemácias). A bilirrubina só costuma aparecer na urina quando os seus níveis sanguíneos ultrapassam 1,5 mg/dL.
g) Nitritos

A urina é rica em nitratos. A presença de bactérias na urina transforma esses nitratos em nitritos. logo, fita com nitrito positivos é um sinal da presença de bactérias. Nem todas as bactérias tem a capacidade de metabolizar o nitrato, por isso, nitrito negativo de forma alguma descarta infecção urinária.

Na verdade, o EAS apenas sugere infecção. A presença de hemácias, associado a leucócitos e nitritos positivos, fala muito a favor de infecção urinária, porém, o exame de certeza é a urocultura (explico mais abaixo).

A pesquisa do nitrito é feita através da reação de Griess, que é o nome dado a reação do nitrito com um meio ácido. Por isso, alguns laboratórios fornecem o resultado como Griess positivo ou Griess negativo, que é igual a nitrito positivo e nitrito negativo, respectivamente.
h) Cristais

Esse é talvez o resultado mais mal interpretado, tanto por pacientes como por alguns médicos. A presença de cristais na urina, principalmente de oxalato de cálcio, não tem nenhuma importância clínica. Ao contrário do que se possa imaginar, a presença de cristais não indica uma propensão a formação de cálculos renais.

Os únicos cristais com relevância clínica são:
- Cristais de cistina
- Cristais de magnésio-amônio-fosfato (estruvita)
- Cristais de tirosina
- Cristais de bilirrubina
- Cristais de colesterol

A presença de cristais de ácido úrico, se em grande quantidade, também deve ser valorizada.
i) Células epiteliais e cilindros

A presença de células epiteliais é normal. São as próprias células do trato urinário que descamam. Elas só tem valor quando presente em cilindros.

Como os túbulos renais são cilíndricos, toda vez que temos alguma substância em grande quantidade na urina, elas se agrupam em forma de um cilindro. A presença de cilindros indica que esta substância veio dos túbulos renais e não de outros pontos do trato urinário como a bexiga, ureter, próstata etc... Isto é muito relevante, por exemplo, nos casos de sangramento, onde um cilindro hemático indica o glomérulo como origem.

Os cilindros que podem indicar alguma alteração são:

- Cilindros hemáticos (sangue) = Indica glomerulonefrite
- Cilindros leucocitários = Indicam inflamação dos rins
- Cilindros epiteliais = indicam lesão dos túbulos
- Cilindros gordurosos = indicam proteinúria

Cilindros hialinos não indicam doença, mas pode ser um sinal de desidratação.

A presença de muco é inespecífica e normalmente ocorre pelo acúmulo de células epiteliais com cristais e leucócitos. Tem pouquíssima utilidade clínica. É mais uma obervação.

Em relação ao EAS (urina tipo I) é importante salientar que esta é uma análise que deve ser sempre interpretada. Os falsos positivos e negativos são muito comuns e não dá para se fechar qualquer diagnóstico apenas comparando os resultados com os valores de referência.
2) Urina de 24 horas

A urina de 24 horas é um exame cada vez menos necessário para avaliação das doenças renais. Porém, ainda é um exame muito solicitado, principalmente por médicos não nefrologistas.

A urina de 24 horas permite avaliar a excreção diária de substâncias na urina, além de calcular o 
clearance de creatinina. Este exame também serve para se quantificar a quantidade de proteínas perdida na urina.

Pode-se dosar várias substâncias em uma urina de 24 horas, porém na maioria dos casos os médicos avaliam apenas a albumina, proteínas totais e o 
clearance de creatinina.

Valores de referência:
- Albumina : menor que 30 mg/24 horas
- Proteínas totais : menor que 150 mg/ 24 horas
- Clearance de creatinina = entre 80 e 120 ml/min*
* este valor deve ser interpretado pelo seu médico

A urina de 24 horas é chata de ser colher e atrapalha muito o dia, principalmente para as pessoas ativas. Além disso, a maioria dos doentes não consegue realizar um coleta correta. Sempre há alguém que durante algum momento do dia esquece de colher a urina. Para não ter que começar tudo de novo, muitas vezes o doente simplesmente omite este fato do médico e entrega a urina incompleta.

Quando não se colhe corretamente, o exame não tem valor nenhum. E existe como o médico descobrir através de simples cálculos se o doente colheu a urina corretamente ou não.

Como a maioria dos resultados da urina de 24 horas podem ser obtidos através de outros exames com apenas uma amostra de urina, esse tipo de análise tende a cair em desuso.

3) Urocultura (urinocultura)

A cultura de urina é o exame escolhido para o diagnóstico das infecções urinárias. O EAS pode até sugerir uma infecção, mas o exame que estabelece o diagnóstico é a urocultura.

A urocultura além de identificar qual a bactéria responsável pela infecção, também nos oferece informações sobre quais antibióticos que são eficazes ou não para esta determinada bactéria.

O grande problema da cultura de urina é que se leva pelo menos 48 horas para a bactéria poder ser identificada. Como as cistites são tratadas com apenas 3 dias de antibiótico, muitas vezes o resultado do exame só sai depois que o quadro já está tratado. Se o quadro clínico for sugestivo e o EAS compatível, não é preciso solicitar urocultura.

A urocultura é importante para aqueles casos de pielonefrite ou para aquelas cistites de difícil tratamento e que respondem mal aos antibióticos mais comuns.

É importante lembrar que não adianta colher a urocultura se o antibiótico já tiver sido iniciado. Neste caso a urina já está rica em anti-bacterianos, o que impede o crescimento das bactérias no laboratório.

Caso seja a vontade do médico confirmar a cura de uma infecção, a cultura de urina deve ser colhida 7 dias após o término do antibiótico.

- Em casos de infecção urinária, normalmente temos mais 100.000 UFC/ml.
- Valores entre 10.000 e 100.000 UFC/ml em geral também indicam infecção.
- Valores menores que 10.000 UFC/ml indicam contaminação da urina por outras bactérias. Porém, em selecionados casos, mesmo uma contagem tão baixa pode ser compatível com infecção, principalmente se houver um quadro clínico compatível.