sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mitos sobre a doação de órgãos:

No Brasil, apesar de diversos avanços na área de transplantes, o número de doadores ainda é significativamente menor do que a necessidade de órgãos e tecidos a serem doados. Essa realidade pode ser explicada, em parte, pelos diversos mitos em torno do tema.

Confira abaixo as verdades e as mentiras sobre a doação de órgãos e tecidos.
  • Para se tornar doador, não é preciso deixar nada por escrito.

    Verdade A comunicação verbal aos familiares é suficiente, uma vez que apenas a família pode autorizar a remoção de órgãos e tecidos para o transplante.
  • As manifestações de vontade de ser doador após a morte que constavam no RG e na CNH perderam validade.

    Verdade Em muitos casos, por desinformação, as pessoas se negavam a ser doadoras sem ao menos ter refletido sobre este assunto, que é de extrema importância.
  • A doação deixa o corpo deformado.

    Mentira Os órgãos e tecidos doados são removidos por meio de uma operação cirúrgica. Portanto, a doação não desfigura o corpo, que pode ser velado ou cremado normalmente.
  • A família do doador precisa arcar com os custos relacionados à doação.

    Mentira O doador ou sua família não têm custos nem ganho financeiro, sendo apenas entregue uma carta de agradecimento pelo gesto solidário e humano.
  • Quem arca com os custos da cirurgia é o paciente ou a própria família do doador.

    Mentira Os custos dos procedimentos relacionados ao transplantes são arcados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que também se responsabiliza pelo fornecimento, durante toda a vida, das medicações para evitar a rejeição do órgão transplantado.
  • Idosos ou pessoas que já tenham tido alguma doença não podem ser doadores.

    Mentira Todas as pessoas podem ser consideradas potenciais doadoras, independentemente da idade ou do histórico médico. O que determinará a possibilidade de transplante e quais os órgãos e tecidos poderão ser transplantados é a condição de saúde no momento da morte e uma revisão do histórico médico do paciente.
  • Um único doador tem a possibilidade de salvar ou melhorar a qualidade de vida de mais de 20 pessoas.

    Verdade E, hoje, 80% dos transplantes são realizados com sucesso no país.
  • A grande maioria das religiões é favorável à doação.

    Verdade Todas as religiões pregam os princípios de solidariedade e amor ao próximo, que são as principais características do ato de doar. Até mesmo as religiões que são contrárias à transfusão de sangue não interferem na decisão de doação.
  • Se os médicos souberem que um paciente quer ser doador, não vão se esforçar para salvá-lo.

    Mentira A equipe médica que atende uma pessoa na emergência não é a mesma que promove a retirada de órgãos para transplante. A primeira tem como prioridade salvar vidas e não tem conhecimento sobre a decisão do paciente e a segunda só atua depois de anunciada a morte e com o consentimento da família.

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