sábado, 26 de fevereiro de 2011

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Governo libera recursos para ativar 10 máquinas de hemodiálise 
 
24/02/2011 17:13
Da Redação
Agência Pará de Notícias
José Pantoja/Sespa 
Rosemary Góes, anunciou durante reunião que em 30 dias as máquinas do hospital de Bragança já deverão estar atendendo a população
Eunice Pinto/Ag. Pa
As 10 máquinas de hemodiálise do Hospital Santo Antonio Maria Zaccaria devem voltar a funcionar em 30 dias
A secretária de Saúde Pública em exercício e coordenadora da Câmara Técnica de Nefrologia, Rosemary Góes, informou nesta quinta-feira (24) que a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) assinou termo aditivo ao convênio já firmado com o Hospital Santo Antonio Maria Zaccaria, do município de Bragança, nordeste do Pará, para colocar em funcionamento as 10 máquinas de hemodiálise disponíveis na instituição. Os equipamentos têm capacidade para atender 60 pacientes, mas estavam parados há dois anos.


Para colocar o novo serviço em funcionamento, o Hospital de Bragança receberá da Sespa, inicialmente, R$ 750 mil, que serão repassados em três parcelas. A iniciativa faz parte do Plano Estadual de Nefrologia e visa expandir os serviços de hemodiálise no Estado, uma vez que a demanda aumenta a cada dia.


A previsão é que o novo serviço comece a funcionar em 30 dias. Também estão previstos novos serviços e expansão nos municípios de Altamira, Ananindeua, Breves, Redenção, Santarém, Tucuruí e Ulianópolis.


Na reunião da Câmara Técnica, que aconteceu nesta quinta-feira (24), na Sespa, foi decidido que o Hospital Regional do Oeste do Pará, no município de Santarém, repassará três máquinas para o Hospital Regional do Araguaia, em Redenção, e mais duas para o Hospital Regional da Transamazônica, em Altamira. Essas cinco máquinas também estavam sem uso.


O Plano prevê, ainda, a implantação de um Centro de Referência em Nefrologia integrado ao Hospital Ophir Loyola (HOL), que desenvolverá atividades desde a prevenção até o transplante de rim.


Prevenção - Rosemary Góes anunciou que também devem ser implementadas ações na Atenção Primária, sob a responsabilidade dos municípios, principalmente no controle do diabetes e da hipertensão arterial, duas doenças que quando não cuidadas podem levar à insuficiência renal crônica. "Senão, nunca haverá máquinas suficientes para tantos pacientes", enfatizou.


Conforme a secretária em exercício, há necessidade de melhorias no funcionamento da Estratégia de Saúde da Família (ESF), para que menos pessoas precisem de serviço de média e alta complexidade.


Segundo Rosemary Góes, atualmente o Pará dispõe de 16 serviços de hemodiálise, entre públicos, conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS) e privados, totalizando 272 máquinas de hemodiálise instaladas. Os serviços estão funcionando nos municípios de Belém (8), Ananindeua (1), Altamira (1), Marabá (1), Marituba (1), Castanhal (1), Redenção (1) e Santarém (2).


No entanto, a necessidade atual é de 36 serviços e 484 máquinas, o que resulta em um déficit de 22 serviços e 212 máquinas de hemodiálise. "Existem 1.522 pacientes em diálise no Estado e 273 na fila de espera", acrescentou.


Déficit - A secretária em exercício disse ainda que o governo estadual enfrenta um déficit de recursos financeiros, no valor de R$ 18 milhões, porque apenas os serviços de hemodiálise instalados em Belém, Ananindeua e Marabá estão credenciados e recebem recursos do Ministério da Saúde, enquanto os de Marituba, Santarém, Redenção e Altamira continuam custeados apenas pelo Estado. "Esses e o novo serviço precisam ser urgentemente cadastrados pelo Ministério, para que sejam mantidos pelo SUS, permitindo, assim, que o Estado possa investir em outras áreas", ressaltou.


Todas as medidas em relação à área de Nefrologia passam pela Câmara Técnica de Nefrologia, cuja finalidade é discutir e definir as diretrizes da Política de Nefrologia no Estado. A Câmara é formada por representantes da Sespa, Secretarias Municipais de Saúde, Sociedade Paraense de Nefrologia, Associação dos Renais Crônicos e Transplantados (ARCT-PA) e dos Serviços de Nefrologia.


Epidemia - Para a presidente da Sociedade Paraense de Nefrologia, Maria de Jesus Freitas, a insuficiência renal é uma epidemia mundial, que aflige inclusive os Estados Unidos e o Japão, o que muda a realidade do seu enfrentamento. "Daí a necessidade de abertura urgente de novos serviços", disse.


Ela também alertou sobre a necessidade de investimentos em prevenção, porque mais de 60% dos pacientes renais crônicos são hipertensos e diabéticos, e para quem depende de uma máquina de hemodiálise a única possibilidade de cura é o transplante de rim.




Roberta Vilanova - Sespa

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