Governo libera recursos para ativar 10 máquinas de hemodiálise
24/02/2011 17:13
Da Redação
Agência Pará de Notícias
Agência Pará de Notícias
José Pantoja/Sespa
Rosemary Góes, anunciou durante reunião que em 30 dias as máquinas do hospital de Bragança já deverão estar atendendo a população
Eunice Pinto/Ag. Pa
As 10 máquinas de hemodiálise do Hospital Santo Antonio Maria Zaccaria devem voltar a funcionar em 30 dias
Para colocar o novo serviço em funcionamento, o Hospital de Bragança receberá da Sespa, inicialmente, R$ 750 mil, que serão repassados em três parcelas. A iniciativa faz parte do Plano Estadual de Nefrologia e visa expandir os serviços de hemodiálise no Estado, uma vez que a demanda aumenta a cada dia.
A previsão é que o novo serviço comece a funcionar em 30 dias. Também estão previstos novos serviços e expansão nos municípios de Altamira, Ananindeua, Breves, Redenção, Santarém, Tucuruí e Ulianópolis.
Na reunião da Câmara Técnica, que aconteceu nesta quinta-feira (24), na Sespa, foi decidido que o Hospital Regional do Oeste do Pará, no município de Santarém, repassará três máquinas para o Hospital Regional do Araguaia, em Redenção, e mais duas para o Hospital Regional da Transamazônica, em Altamira. Essas cinco máquinas também estavam sem uso.
O Plano prevê, ainda, a implantação de um Centro de Referência em Nefrologia integrado ao Hospital Ophir Loyola (HOL), que desenvolverá atividades desde a prevenção até o transplante de rim.
Prevenção - Rosemary Góes anunciou que também devem ser implementadas ações na Atenção Primária, sob a responsabilidade dos municípios, principalmente no controle do diabetes e da hipertensão arterial, duas doenças que quando não cuidadas podem levar à insuficiência renal crônica. "Senão, nunca haverá máquinas suficientes para tantos pacientes", enfatizou.
Conforme a secretária em exercício, há necessidade de melhorias no funcionamento da Estratégia de Saúde da Família (ESF), para que menos pessoas precisem de serviço de média e alta complexidade.
Segundo Rosemary Góes, atualmente o Pará dispõe de 16 serviços de hemodiálise, entre públicos, conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS) e privados, totalizando 272 máquinas de hemodiálise instaladas. Os serviços estão funcionando nos municípios de Belém (8), Ananindeua (1), Altamira (1), Marabá (1), Marituba (1), Castanhal (1), Redenção (1) e Santarém (2).
No entanto, a necessidade atual é de 36 serviços e 484 máquinas, o que resulta em um déficit de 22 serviços e 212 máquinas de hemodiálise. "Existem 1.522 pacientes em diálise no Estado e 273 na fila de espera", acrescentou.
Déficit - A secretária em exercício disse ainda que o governo estadual enfrenta um déficit de recursos financeiros, no valor de R$ 18 milhões, porque apenas os serviços de hemodiálise instalados em Belém, Ananindeua e Marabá estão credenciados e recebem recursos do Ministério da Saúde, enquanto os de Marituba, Santarém, Redenção e Altamira continuam custeados apenas pelo Estado. "Esses e o novo serviço precisam ser urgentemente cadastrados pelo Ministério, para que sejam mantidos pelo SUS, permitindo, assim, que o Estado possa investir em outras áreas", ressaltou.
Todas as medidas em relação à área de Nefrologia passam pela Câmara Técnica de Nefrologia, cuja finalidade é discutir e definir as diretrizes da Política de Nefrologia no Estado. A Câmara é formada por representantes da Sespa, Secretarias Municipais de Saúde, Sociedade Paraense de Nefrologia, Associação dos Renais Crônicos e Transplantados (ARCT-PA) e dos Serviços de Nefrologia.
Epidemia - Para a presidente da Sociedade Paraense de Nefrologia, Maria de Jesus Freitas, a insuficiência renal é uma epidemia mundial, que aflige inclusive os Estados Unidos e o Japão, o que muda a realidade do seu enfrentamento. "Daí a necessidade de abertura urgente de novos serviços", disse.
Ela também alertou sobre a necessidade de investimentos em prevenção, porque mais de 60% dos pacientes renais crônicos são hipertensos e diabéticos, e para quem depende de uma máquina de hemodiálise a única possibilidade de cura é o transplante de rim.
Roberta Vilanova - Sespa
Nenhum comentário:
Postar um comentário