As glomerulopatias, em geral conhecidas como “glomerulonefrites”, são doenças que acometem os glomérulos, estruturas constituídas por um tufo de capilares sanguíneos (delimitados por uma cápsula), além de uma série de outros elementos (entre eles, vários tipos de célula), responsáveis pela ultrafiltração do plasma.
As glomerulopatias, em geral conhecidas como “glomerulonefrites”, são doenças que acometem os glomérulos, estruturas constituídas por um tufo de capilares sanguíneos (delimitados por uma cápsula), além de uma série de outros elementos (entre eles, vários tipos de célula), responsáveis pela ultrafiltração do plasma.
São doenças muito variadas, algumas de natureza aguda, outras de curso crônico; umas de caráter eminentemente inflamatório, outras não; algumas sabidamente tratáveis, outras não.
Podem ter origem nos rins e acometer apenas esses órgãos, sendo chamadas de primárias, ou podem ser secundárias a outras doenças, como diabetes, hepatites, doenças
autoimunes, dentre outras.
Os pacientes com glomerulopatias podem ser assintomáticos ou apresentarem sintomas urinários (urina escura, diminuição do volume urinário) ou inchaço (de membros inferiores, face ou de todo o corpo).
O exame de urina pode revelar a presença de
hematúria Presença de hemácias (ou eritrócitos ou células vermelhas do sangue) em quantidade anormal na urina. Em geral, considera-se anormal contagem superior a 10.000/ mL ou 10 hemácias por campo. Pode ter origens diversas: cálculos renais e das vias urinárias, tumores, cistos, doenças glomerulares e outras. e/ou
proteinúria.
Presença de proteínas em quantidade anormal na urina; em geral, considera-se como anormal quantidade superior a 0,30 g/L (ou quando utilizados critérios mais rígidos, superior a 0,15 g/L). Em algumas condições (como em casos de diabetes mellitus), valores inferiores a esses têm significado patológico e para acompanhá-las lançamos mão da determinação da microalbuminúria. Quando se faz o diagnóstico de glomerulopatia, a função renal pode estar normal ou já estar deficiente.
É importante diagnosticar a glomerulopatia e determinar o tipo de glomerulopatia, dentre os diversos existentes, para fazer o tratamento adequado.
Se ela não é diagnosticada precocemente e/ou não é tratada adequadamente pode progredir para
insuficiência renal crônica terminal.
Em muitas situações, o nefrologista precisa lançar mão da
biópsia renal Procedimento (realizado por via percutânea ou cirurgicamente) para retirada de fragmentos de tecido renal para análise microscópica, com o fim de determinar o tipo de doença que o indivíduo apresenta por ocasião do exame. para determinar o tipo de glomerulopatia com precisão.
Algumas glomerulopatias são acompanhadas de grandes perdas de proteinúria e, em geral, determinam
síndrome nefrótica,
Conjunção de edema (inchaço), perda pela urina de proteínas em grande quantidade (estabelecida para uso pelo Nefrologista como superior a 3,5 g/ dia/ 1,73 m2 de superfície corpórea) e hipoalbuminemia (níveis de albumina no soro inferiores a 3 g/dL). Nessa condição, o paciente apresenta edema, geralmente observável em todo o corpo, que é denominado de “anasarca”. No início, esse edema é sobretudo de face, pela manhã, e de membros inferiores, ao final do dia. Na criança, predomina a síndrome nefrótica causada pela doença de lesões mínimas e, no adulto, por glomerulosclerose segmentar e focal e glomerulopatia membranosa, diagnósticos que são estabelecidos através de estudo histológico de material obtido por biópsia renal. dentre elas, destacam-se: a doença de lesões mínimas, a glomerulosclerose segmentar e focal e a glomerulopatia membranosa.
Outras glomerulopatias têm apresentação mais aguda e frequentemente associam-se a déficit de função renal, como a glomerulonefrite difusa aguda (GNDA), embora possam ter um curso autolimitado, como costuma acontecer com a
glomerulinefrite pós-estreptocócica.
Profa. Dra. Gianna Mastroianni Kirsztajn
Professora Afiliada da UNIFESP
Disciplina de Nefrologia - Escola Paulista de Medicina
Outubro - 2004
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