quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Apoiando a Alô Rim
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Sociedade Gaúcha de Nefrologia no Vida & Saúde
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
O Diabetes e suas Consequências
- CONSEQUÊNCIAS DO DIABETES
• A expectativa de vida é reduzida em média 15 anos para o diabetes tipo 1
• A expectativa de vida é reduzida em média 5 a 7 anos para o diabetes tipo 2
• Os adultos com diabetes têm risco 2 a 4 vezes maior de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral
• É a causa mais comum de amputações de membros inferiores não-traumática
• Cegueira irreversível
• Doença renal crônica
• Em mulheres, partos prematuros e mortalidade materna
• A expectativa de vida é reduzida em média 5 a 7 anos para o diabetes tipo 2
• Os adultos com diabetes têm risco 2 a 4 vezes maior de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral
• É a causa mais comum de amputações de membros inferiores não-traumática
• Cegueira irreversível
• Doença renal crônica
• Em mulheres, partos prematuros e mortalidade materna
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Doação de órgãos: legislação atual é à prova de tráfico, dizem especialistas (ABTO no iG).
Reconhecido internacionalmente, processo de doação em casos de morte encefálica e transplante de órgãos no Brasil é rígido e seguro
Os números de doação de órgãos para transplantes são representativos. Em 2011, a taxa média de doadores no Estado de São Paulo, por exemplo, por milhão de população é de 19,5 – índice superior ao de países como a Argentina (14,3), cuja população estimada é semelhante à do Estado mais populoso do País.
Até 15 de setembro, segundo balanço da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados da Central de Transplantes, foram feitos 49 transplantes de coração, 89 de pâncreas, 1004 de rim, 420 de fígado e 21 de pulmão. Os dados não computam transplantes entre vivos.
O tema doação, porém, ainda gera dúvidas. E levanta receios, especialmente diante de casos como o do julgamento de três médicos de Taubaté, cidade do interior de São Paulo, acusados provocar a morte de quatro pacientes entre setembro e dezembro de 1986. Segundo denúncia do Ministério Público, os médicos usavam diagnósticos falsos de morte encefálica para extrair os rins dos pacientes vivos, para fins de transplante.
Considera-se potencial doador de órgãos todo paciente com morte encefálica. As principais causas são traumatismo craniano, acidente vascular cerebral (hemorrágico ou isquêmico) e tumor cerebral primário.
“Embora o coração continue batendo por algumas horas ou até dias, com a morte encefálica – quando uma área do cérebro chamada de tronco cerebral não tem mais atividade – o paciente não é mais considerado vivo. Só nesses casos podemos utilizar os órgãos para transplantes”, diz o médico Luiz Augusto Pereira, coordenador da Central de Transplantes da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo.
“O coração continua batendo com a ajuda de aparelhos e medicações específicas para manter a irrigação e conservar os órgãos. Com a morte encefálica, não há a menor possibilidade de reversão do quadro”, esclarece Ben-Hur Ferraz-Neto, presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).
Antes de 1991 – quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou o protocolo do diagnóstico de morte encefálica – as instituições e equipes que trabalhavam com captação e doação de órgãos para transplantes se baseavam em legislações internacionais.
“O protocolo brasileiro para diagnóstico de morte encefálica é extremamente rigoroso, mais do que em outros países. Tudo para que se tenha absoluta segurança”, diz Pereira.
O processo da captação do órgão e seu encaminhamento para transplante é demorado – pode levar até 24 horas. Primeiro porque para o diagnóstico de morte encefálica são feitos dois exames clínicos, por dois médicos diferentes e sem nenhuma ligação com a equipe de transplantes, com intervalos de seis horas entre eles, além de um exame gráfico, que comprove que não existe mais irrigação do cérebro.
“Em alguns países, como a Inglaterra, só o exame clínico é suficiente para o diagnóstico de morte encefálica”, diz Ferraz-Neto.
Após a constatação da morte, a família do paciente é procurada. Por meio de uma entrevista, os parentes – de até segundo grau – podem optar ou não pela doação.
“A idade média de doadores após morte encefálica em São Paulo é de 40 anos. Ou seja, é uma pessoa jovem, geralmente vítima de uma morte súbita. É um momento extremamente difícil para a família”, explica Pereira.
Após a autorização, são feitos diversos exames no doador e só então é acionado o Sistema Nacional de Transplantes. O Brasil tem hoje um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Com 548 estabelecimentos de saúde e 1376 equipes médicas autorizados a realizar transplantes, o Sistema Nacional de Transplantes está presente em 25 estados do país, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes.
“Temos uma legislação absolutamente segura e transparente para dar credibilidade a todo o processo. Somos exemplo de política de saúde pública nacional e temos reconhecimento internacional. Desde a criação do Sistema Nacional de Transplantes, em 1997, não houve nenhum caso suspeito de tráfico de órgãos. Se aconteceu no passado certamente as pessoas pagarão por isso”, finaliza Ferraz-Neto.
Fonte: http://www.abto.org.br
Notícia publicada em: iG (19/10/2011)
Autor: Yara Achôa
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Que país é esse?!
Câncer é a segunda causa de morte no Brasil, afirma relatório do TCU
Trata-se de um país doente, que demora até cem dias pra começar um tratamento contra o câncer. Os números do TCU são dramáticos.
Doença terrível, o câncer é hoje a segunda causa de morte no Brasil. São 500 mil novos casos por ano. Um mal que o país não se preparou para enfrentar. Quem tem câncer tem pressa, mas o que a gente encontrou na rede pública foi fila de espera para começar o tratamento.
Um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que as condições de tratamento no país são muito desiguais. No Sudeste há centros de excelência. No Norte sequer há tratamento em algumas regiões. Ou seja, o país ainda não está preparado para atender uma demanda cada vez maior de doentes.
O câncer é a segunda causa de morte no país. Entre os homens, o mais comum é o de próstata e entre as mulheres, o de mama. Em 2003, a professora Regina Correia Leite fez o exame que aponta a doença. Como o médico não deu retorno, ela achou que estava tudo bem, mas já tinha câncer. Só descobriu isso um ano depois e teve de extrair uma das mamas. Ainda hoje faz quimioterapia.
“Corri atrás de outro profissional, mas o nódulo já estava grande. Seria, talvez, minha cura um diagnóstico precoce”, comenta a professora.
O Tribunal de Contas da União (TCU) fez uma auditoria na política nacional de câncer. A situação é crítica na Região Norte. No Pará, apenas 40% dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) conseguem fazer quimioterapia. Em Rondônia, só 6% dos doentes com câncer que precisam de cirurgia são operados. Já o Amapá e Roraima sequer oferecem radioterapia.
O país não se preparou para enfrentar a doença, que tem 500 mil novos casos por ano. Faltam leitos, equipamentos e profissionais. Muitas vezes a pessoa é diagnostica com câncer, mas não encontra vaga para iniciar o tratamento.
Os pacientes que precisam de quimioterapia aguardam, em média, 58 dias. A espera é ainda maior para radioterapia: cem dias. A demora reduz as chances de cura, que costumam ser de 90% em tumores em estágio inicial. Renata Vilhena Silva, advogada especializada em direito à saúde, diz que em casos extremos pacientes recorrem à Justiça.
“Existem decisões judiciais que obrigam, inclusive, o estado a arcar com o tratamento em um hospital particular. Ou manda operar, intima a Secretaria da Saúde para oferecer outro lugar, ou então em último caso o paciente pode pedir que seja pago o tratamento na rede privada”, orienta a advogada.
O médico Paulo Marcelo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer em São Paulo, afirma que não há solução a curto prazo.
“É preciso que se faça um investimento no desenvolvimento de uma infraestrutura que possa dar vazão à demanda, ao numero de pacientes que estão surgindo. É preciso que se aumente o número de indivíduos que são treinados para fazer o atendimento a pacientes com câncer. É preciso também que a sociedade como um todo demande que haja um aumento na verba que é disponibilizada para que isso possa ser implementado”, defende o médico.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) ampliou o volume de recursos para tratamento contra o câncer no país em 22%. O ministério deve fechar o ano com investimentos de R$ 2,2 bilhões – R$ 400 milhões a mais do quem em 2010.
Fonte:http://g1.globo.com
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Faça parte do banco virtual de doadores de sangue
Em Sant'Ana do Livramento você pode doar no Banco de Sangue na rua Manduca Rodrigues.
Ministério lança banco virtual de doadores de sangue
A ferramenta, disponível no Facebook, vai agregar candidatos para doação e marca o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue
O Ministério da Saúde lança nesta quarta-feira (23) uma nova ferramenta de incentivo à doação de sangue, em sua página do Facebook, o Banco de Doadores virtual, em comemoração ao Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue (25). O aplicativo terá a missão de agregar e cadastrar doadores de sangue em todo o Brasil. Com de celebração do dia é “Essa corrente precisa de você. Doe sangue”, a Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados pretende aumentar a doação voluntária.
Segundo o coordenador-geral, Guilherme Genovez, a proposta tem o objetivo de divulgar a importância da doação de sangue no cotidiano das redes sociais. “Esta é mais uma ferramenta para a campanha, temos que usar as redes sociais para mobilizar e engajar as pessoas que apóiam a causa. Precisamos fazer com que a ideia seja multiplicada e alcance o maior número de candidatos virtuais, para que depois estes efetivem sua doação concretamente nos serviços de hemoterapia”, explica.
CADASTRO
O aplicativo servirá de apoio à campanha, realizada no período de 21 a 25 de novembro. O primeiro passo é participar do aplicativo e fazer sua doação de sangue virtual depois informar o seu tipo sanguíneo, preencher seus dados e convidar seus amigos. Com o Banco de Doadores, os usuários também poderão ver os seus amigos classificados por tipo sanguíneo. Isso significa que você não precisa doar imediatamente, mas comunica que se coloca à disposição para uma eventual doação.
Um dos objetivos é fazer com que o doador virtual convide o maior número de pessoas, residentes da mesma cidade, para fazer parte do Banco de Doadores, pois quando alguém ou o hemocentro da sua região precisar de doação, o banco servirá para acionar possíveis doadores.
Um dos objetivos é fazer com que o doador virtual convide o maior número de pessoas, residentes da mesma cidade, para fazer parte do Banco de Doadores, pois quando alguém ou o hemocentro da sua região precisar de doação, o banco servirá para acionar possíveis doadores.
Avise seus familiares! EU SOU DOADOR!
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Hospital treina médicos a darem o diagnóstico de morte encefálica
Não é nada fácil a tarefa de mostrar
que quando uma vida termina, muitas outras podem recomeçar.
A notícia da morte de um filho, uma
mãe, um irmão traz a imensa dor da perda. A família sente o vazio, a falta, e é
nessa hora que profissionais de saúde precisam falar em doação. Não é nada
fácil a tarefa de mostrar que quando uma vida termina, muitas outras podem
recomeçar.
A mãe que chora a perda de um filho e o
robô que se comporta como paciente: em parceria com o Ministério da Saúde, o
hospital Albert Einstein treina em
São Paulo coordenadores de transplantes de várias partes do
Brasil. O processo começa com o que toda família que perde alguém precisa
saber: como deve ser feito o diagnóstico da morte encefálica.
“A família vai encontrar uma pessoa
respirando através de aparelhos, com o coração batendo, obviamente mantido
através de medicações, e com alguns movimentos”, explica o cirurgião Renato
Hidalgo, mostrando o robô que simula o paciente. ”Testamos não só a dor nos
membros e nos troncos, mas também na face.”
“Ele não tem qualquer reflexo, então se
eu abrir a pálpebra desse paciente, eu consigo encostar uma gaze, ou mesmo o
dedo. Ele não tem resposta alguma. Isso mostra para nós também que o cérebro
parou de funcionar”, acrescenta.
“O Brasil é um país que tem a lei mais
rigorosa para o diagnóstico de morte encefálica. A gente precisa de dois
médicos que deem o diagnóstico em momentos diferentes, com horas de diferença.
Depois disso, é a necessidade de um exame de imagem que comprove que não existe
nenhum fluxo sanguíneo no encéfalo”, diz o chefe do Programa de Transplante de
Fígado do Hospital A.E./SP, Ben-Hur Ferraz Neto.
Os profissionais que conversam com as
famílias nessa hora tão difícil não podem ter nenhuma ligação com equipes que
fazem transplantes. A tarefa é garantir que o diagnóstico de morte encefálica
seja feito, ter certeza de que os órgãos serão preservados e colocar a
possibilidade de doação.
”Um profissional bem capacitado para
realizar a entrevista familiar repercute em um resultado muito melhor”, garante
o coordenador de transplantes João Luís Erbs.
Existe algo que pode ajudar muito
profissionais como João: as conversas em família. O Brasil
é grande e tem um povo generoso. Se cada um deixar claro sua vontade de ser um
doador, a fila do transplante, a fila da vida pode andar muito mais
rapidamente.
João não conhece os que esperam, mas
pensa neles todos os dias. ”Quando eu vou dormir eu penso nisso, que o meu
trabalho ajuda essas pessoas para que elas possam passar muitos outros natais,
anos novos, ver os filhos crescerem junto da sua família. Isso é extremamente
gratificante.”
Recomeçar é um direito que todos os
brasileiros têm. Mais de 90% dos transplantes feitos no país são pagos pelo
Sistema Único de Saúde (SUS). Pobres e ricos esperam na mesma fila.
O que médicos e pacientes precisam é da
solidariedade dos brasileiros, que pode começar com uma picadinha na hora da
doação de sangue. Um gesto simples que salva.
Inscrever-se no cadastro de doadores de
medula também é fácil. Basta um exame de sangue. A retirada da medula pode ser
feita com uma punção no osso da bacia ou com uma máquina que filtra o sangue em
uma espécie de hemodiálise.
Sofia, de apenas 17 anos, está doando a
medula para a irmã que tem leucemia. “Me sinto feliz em poder salvar a vida
dela.”
Quem recebe, ganha vida. É o melhor
motivo de todos para comemorar. É com bolo que os profissionais do transplante
costumam marcar a data em que uma nova medula começa a funcionar. Quando as
células de defesa se multiplicam. A festa dessa vez foi para o Guilherme. “Um
alívio indescritível”, comemora a mãe do menino.
Fonte: http://g1.globo.com
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Médica na Alemanha corre para levar medula para menino no Brasil
O
menino Guilherme terá que passar por um transplante de medula para se livrar de
uma doença do sangue que o deixa desprotegido contra infecções.
A fila de transplante é muito mais que
uma fila. Quem espera, tem rosto, nome e, sobretudo, história. São histórias
que dão outra dimensão à palavra vida.
O geólogo Luis
Claudio Anisio tirou licença do emprego. Acaba de se mudar para São Paulo. Foi
na frente e agora espera pelo renascimento do filho. “A gente está considerando
que agora vai ser a última grande internação dele para a cura”, torce.
Nos braços da
mãe, chega Guilherme. Ele precisa de antibióticos fortíssimos para enfrentar
ambientes como o do aeroporto. Gui vai ter que passar por um transplante de
medula para se livrar de uma doença do sangue que o deixa totalmente
desprotegido contra infecções por fungos e bactérias.
”Agora a gente
vai direto para o hospital. Vai implantar um catéter nele para começar a
quimioterapia para, depois, receber pelo mesmo catéter a medula”, explica a
mãe, a economista Adriana Mezabarba.
Em um ano de vida, Guilherme passou
meses internado com graves infecções. Aprendeu a brincar com os equipamentos do
hospital. “Ele vai colocar amanhã o cateter. Aí começa a quimioterapia. Na
semana que vem é o nosso grande dia”, conta a mãe.
Mas antes a luta
será contra o relógio. O maior desafio de quem precisa de uma medula é achar um
doador compatível. Guilherme encontrou o seu na Alemanha. É para lá que, quatro
dias antes do transplante, a hematologista Andrea Tiemi Kondo, do Hospital
A.E./SP, segue levando uma câmera do Globo Repórter. Já no aeroporto, a
corrente de solidariedade para ajudar Gui ganha novos elos.
Andrea grava
seus passos. Ela faz o check-in. “Nesse momento estou em uma briga para levar
na mão as minhas duas malas, minha pequena mochila e a malinha para eu carregar
a medula.”
Ela relata
ainda que teve a sorte de encontrar o atendente do aeroporto Leonardo, que foi
doador de medula para o irmão. “Ele acha que vai se emocionar. Então não quer
contar muito. Mas eu tenho certeza que foi por causa disso que ele se empenhou
tanto”, reflete a médica.
Enquanto isso,
Guilherme vive uma contagem regressiva: sete dias de quimioterapia totalmente
isolado no quarto do hospital. “Está tudo na agenda, tudo no calendário”, avisa
a mãe.
“Nos primeiros
dois dias de quimioterapia, ele teve uma reação ao medicamento que não estava
muito previsto. O quarto é até grande, mas, para uma criança, nada é
suficiente. Aí o cabelinho dele começou a cair. Da porta do quarto do hospital
para dentro é só sorriso, só alegria, só brincadeira. Da porta para fora, aí
são outros quinhentos”, relata.
Na Alemanha,
Andrea também não para. Ela vai registrando momentos da viagem. Chega a
Stuttgart. “Agora, vou pegar o ônibus para chegar ao destino do nosso doador de
medula.”
O doador mora
em Tübingen. É um jovem de 23 anos que, sem nunca ter visto o pequeno
brasileiro, pode salvar a vida dele.
Andrea mostra o
hospital que realizou a coleta de medula. “Nós não temos como entrar em contato
com o doador. Esse é um sigilo guardado, até em questão de proteção ao doador”,
ressalta.
A luta contra o
tempo continua. Depois de coletada, a medula tem prazo de 48 horas para chegar
até o receptor. A sincronia tem que ser perfeita. A quimioterapia de Guilherme
acaba em um dia e, no outro, Andrea desembarca, ainda assustada com o risco que
correu.
”Um voo
atrasou. Eu quase perdi a conexão. Por eles saberem mesmo da importância disso,
o voo ficou aguardando a gente chegar com a medula para que não atrasasse nada
no nosso transplante”, relata.
De volta ao
Brasil, praticamente sem dormir, Andrea vai direto para o laboratório do
hospital. O doador tem tipo sanguíneo diferente do de Guilherme, e é preciso
tirar essas células estranhas e preparar a medula.
Depois de 35
horas da retirada da medula na Alemanha, Andrea chega ao hospital com a
bolsinha com as células. Uma bolsinha cheia de esperança que será transplantada
para o corpinho de Guilherme. Agora, é se preparar para o momento e torcer
muito.
Andrea revela
que está nervosa. “A gente já faz isso há um tempo, mas é sempre uma grande
expectativa. É um momento de muita alegria. A gente sempre fica um pouco
ansiosa”, diz.
A família de
Guilherme acena para a médica e vibra com a chegada da caixinha.
No quarto do
hospital, cada gesto expressa uma emoção. Há alívio, medo e alegria – tudo ao
mesmo tempo. Andrea sorri com seu tesouro nas mãos. O transplante será como uma
transfusão de sangue. Gui exibe sua encantadora inocência.
Depois de meia
hora, quase no final do transplante, Guilherme dorme - e o pai desaba, chorando.
Andrea sai do
quarto e conta que, lá dentro, foi uma choradeira. “A gente vai fazendo exames
diários e vamos avaliar quando começar a subir os leucócitos, que são as
células de defesa. Essa vai ser a forma que a gente vai identificar que a
medula pegou.”
”É incrível.
Uma pessoa do outro lado do mundo, sem ele saber a quem, um ato de amor dele
proporcionou toda essa felicidade para a gente”, comemora a mãe.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Gêmeos univitelinos doam órgãos para salvar a vida dos irmãos
Médico diz que o Brasil é o país com o maior sistema público de transplante do mundo. Em número absoluto, é o segundo em número de transplantes.
“Eu me sinto útil. Sabe quando você faz uma coisa que ninguém mais pudesse fazer? E eu fui lá e fiz”, diz o professor de educação física Marcelo dos Santos.
”Você nunca quer fazer uma cirurgia dessa, porque isso ia envolver uma pessoa que você gosta demais”, diz, emocionado, o administrador de empresas Newton Colombo Martini.
Newton e Marcus.
Marcelo e Camila.
Eles são irmãos, sabem o que é compartilhar experiências, cuidar um do outro e "aguentar um ao outro".
”Ela é a irmã caçula. É a mimada e eu sou o irmão rebelde. Eu sou o mais velho”, brinca Marcelo. “Eu era quem dava os cascudos em casa”, ri.
Ah, os cascudos.
”Ele às vezes aprontava na escola, na hora da saída todo mundo vinha para brigar comigo”, diz Newton.
Unidos desde o primeiro instante de vida, esses gêmeos univitelinos, idênticos mesmo, sabem o que é apanhar pelo outro, salvar um ao outro. Começou com as provas de biologia e química, que Newton achava difíceis e Marcus tirava de letra.
“Eu pedia para ele ir na sala de aula. A gente trocava relógio, essas coisas. Porque nós éramos muito parecidos”, conta Newton.
O que Marcus nem sonhava é que Newton iria retribuir compartilhando com o irmão um pedaço do próprio corpo. Eles tinham 26 anos quando os rins de Marcus, na época estudante de medicina, foram parando de funcionar por causa de uma inflamação que ele teve ainda na infância.
“Eu tomava um pote de sorvete. Ele não podia. Eu ia para um churrasco. Ele não podia. Então, sempre tinha aquela coisa de restrição”, lembra Newton.
Em uma tarde de 1992, Marcus chegou em casa com a difícil notícia de que precisava entrar na fila e esperar por um rim.
“De imediato a minha mãe se prontificou que ela daria o rim dela numa boa”, diz Marcus.
“Eu falei para a minha mãe: ‘Mãe, se a senhora doar ele vai ter que tomar remédio contra rejeição para o resto da vida. Se eu doar, se nós somos gêmeos univitelinos, acabou. É tudo igual’”, conclui Newton.
Era também entre os irmãos que a advogada Camila Mariano dos Santos precisaria encontrar um fígado compatível, ou seja, o mais parecido possível com o dela. Camila tem duas doenças autoimunes, a colangite e a hepatite. O sistema imunológico dela não funciona bem e ataca o próprio fígado como se fosse um inimigo.
“Era uma doença progressiva, rara e não tinha cura. A alternativa seria o transplante. Foi um baque porque a gente não espera receber essa notícia”, lembra Camila.
Camila emagreceu e viu a pele mudar de cor. Ficava em carne viva. Uma coceira terrível era o pior sintoma da doença, que demorou cinco anos para ser diagnosticada.
“A gente via que ela estava sendo torturada pela doença”, conta Marcelo.
O sofrimento e a falta de doadores falecidos fizeram com que os médicos de Camila optassem por um transplante mais arriscado: usar parte do fígado de um parente vivo.
“Esta é uma alternativa criada no Brasil, mas é uma alternativa de tratamento de exceção, porque ela coloca um indivíduo absolutamente são sob o risco da retirada de metade do fígado”, alerta o chefe do Programa de Transplante de Fígado do Hospital A.E./SP, Ben-Hur Ferraz Neto.
Professor de educação física, casado e pai de duas filhas, Marcelo tinha muito a perder. Mas não pensou duas vezes.
“Eu sou o mais velho dos quatro irmãos. Acho que bateu um peso de responsabilidade”, analisa Marcelo.
Deu compatibilidade. Mas o que sentem os pais ao verem dois filhos em macas a caminho do centro cirúrgico? O que sentem os filhos, a mulher do doador? O irmão doente ao ver o irmão saudável submetido ao risco?
“Na hora que os enfermeiros vieram pegar o Marcelo, foi muito difícil. Eu lembro que eu cheguei e falei: ‘Marcelo, não vá’”, diz Camila.
“Eu acho que foi a hora que mais mexeu com a família”, acrescenta Marcelo.
“A Camila estava doente, mas o Marcelo, não. E se acontecesse alguma coisa com ele?”, pergunta o pai José dos Santos.
“O único medo que eu tive foi de agulha. Eu tenho pavor de agulha. Eu falei: ‘Pode me tirar tudo que vocês querem tirar, mas não me deixa ver a agulha’”, lembra Newton.
Os momentos difíceis ficaram para trás. O primeiro gêmeo idêntico transplantado no Brasil nunca tomou remédio para rejeição.
“Eu estou quase completando 20 anos de transplante, levando uma vida saudável”, comemora o urologista Marcus Colombo Martini.
“Está até mais gordo que eu, come de tudo”, brinca Newton.
Camila pôde retomar o trabalho como advogada e Marcelo viu o espantoso poder que o fígado tem de se regenerar.
“Eu fui em uma consulta 60 dias depois. Eu estava com o fígado praticamente completo”, conta Marcelo.
“Tomo os meus medicamentos, que são os imunossupressores, mas fora isso a minha qualidade de vida hoje não tem comparação”, acrescenta Camila.
Tudo isso graças ao avanço da ciência, a batalha dos profissionais de saúde que lutam pelos transplantes e à generosidade de quem doa.
“Hoje, no Brasil, 60% dos transplantes são com doador falecido e 40%, com doador vivo. O Brasil é o país que tem o maior sistema público de transplante do mundo e em número absoluto é o segundo país no mundo em número de transplantes”, aponta o diretor do Hospital do Rim de São Paulo, José Osmar Medina.
Mas o desafio ainda é enorme. Segundo o Ministério da Saúde, hoje há mais de 50 mil brasileiros à espera de um transplante.
Fonte: www.g1.com.br
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
12 por 8
- O que é pressão arterial?
Pressão arterial é a força causada pela contração do coração e das paredes das artérias para impulsionar o sangue para todo o corpo, a fim de fornecer oxigênio e nutrientes para o funcionamento do organismo.
Quando a pressão está em 12 por 8 ou menos, tudo funciona bem. Mas quando a pressão está continuamente aumentada, alguns órgãos importantes, como o coração, o cérebro, os rins, os olhos e as próprias artérias, entre outros, sofrem maior desgaste e podem surgir doenças. Quando a pressão está acima de 14 por 9, os médicos diagnosticam a hipertensão arterial. Valores entre 12 por 8 e 14 por 9 são chamados de pré-hipertensão ou pressão limítrofe, já requerendo cuidados como controle do peso e do estresse, redução do sal na alimentação, abandono do sedentarismo e, em muitos casos, uso de medicamentos.
Fonte: www.eusou12por8.com.br
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Uma mensagem que vale a pena repassar
Um dia para agradecer
O dia de finados é também para homenagear todos os heróis desconhecidos, que trouxeram vida nova a muitas pessoas.
Por: Dr. Marcos Alexandre Vieira - Diretor Clínico da Fundação Pró-Rim
O Dia de Finados é um momento especial para muitas famílias. Refletir sobre a vida e a morte, sobre a sociedade e sobre como ver o mundo. Lembrar do parente querido que se foi e homenageá-lo. Em alguns países, como no México, é um momento de festa. Lá a família costuma fazer a comida que o parente mais gostava. Usam máscaras e roupas que lembram a morte. A caveira está presente nas ruas, assim como lindos arranjos de flores. A celebração, independente do lugar, traz sentimentos de saudades, de amor, carinho e uma proximidade com Deus. O momento também pode ser de agradecimento.
Muitas pessoas desconhecidas e famílias solidárias tiveram, no momento mais difícil, um ato altruísta, de total amor à vida, e doaram os órgãos do parente querido que teve o diagnóstico de morte cerebral. Os catarinenses são solidários e ajudam a melhorar a vida de muitas pessoas que estão em risco de vida por não ter a função adequada do fígado, pâncreas, coração ou necessitarem de uma máquina de diálise para manter a vida. Além disso, podem ajudar as pessoas a ver o mundo de novo com o transplante de córnea. Muitos outros benefícios podem acontecer a outras pessoas.
O dia da doação é muito difícil para a família, pela perda, mas também é um momento que traz a possibilidade de dar vida. A recusa familiar continua sendo um dos principais motivos para não ocorrer a doação dos órgãos do paciente que teve o diagnóstico de morte. A razão principal é o desconhecimento, a insegurança, o medo da retirada dos órgãos desconfigurar o paciente, o que não acontece, e especialmente por não conversar em casa com o parente antes do momento tão doloroso. Quando colocamos em casa esta questão, em uma reunião familiar, no almoço de domingo, todos sabemos o desejo de cada um e não precisamos decidir a doação naquele dia tão difícil, de perda. A grande maioria das pessoas quer doar quando a morte chegar. Querem fazer um ato de amor à vida.
No Brasil, mais de 4.000 transplantes renais são realizados anualmente. Somos o terceiro maior país em número de transplantes no mundo. São muitos pacientes sem precisar fazer hemodiálise. Vamos completar mil transplantes na nossa história em Joinville. São pacientes de todos os lugares do Brasil. A mudança de qualidade de vida é visível. O paciente renal, quando realiza um transplante e vai para casa com o seu novo rim, pode tomar água e comer o que gosta. Ele sorri diferente. Sorri porque pode tomar um copo de água. Sorri porque não precisa fazer hemodiálise. Sorri porque pode ir viajar. Sorri para a vida.
Espero que este dia de finados seja um dia de relembrar, homenagear e agradecer todos os heróis desconhecidos que trouxeram vida nova a muitas pessoas.
Obrigado!
Muitas pessoas desconhecidas e famílias solidárias tiveram, no momento mais difícil, um ato altruísta, de total amor à vida, e doaram os órgãos do parente querido que teve o diagnóstico de morte cerebral. Os catarinenses são solidários e ajudam a melhorar a vida de muitas pessoas que estão em risco de vida por não ter a função adequada do fígado, pâncreas, coração ou necessitarem de uma máquina de diálise para manter a vida. Além disso, podem ajudar as pessoas a ver o mundo de novo com o transplante de córnea. Muitos outros benefícios podem acontecer a outras pessoas.
O dia da doação é muito difícil para a família, pela perda, mas também é um momento que traz a possibilidade de dar vida. A recusa familiar continua sendo um dos principais motivos para não ocorrer a doação dos órgãos do paciente que teve o diagnóstico de morte. A razão principal é o desconhecimento, a insegurança, o medo da retirada dos órgãos desconfigurar o paciente, o que não acontece, e especialmente por não conversar em casa com o parente antes do momento tão doloroso. Quando colocamos em casa esta questão, em uma reunião familiar, no almoço de domingo, todos sabemos o desejo de cada um e não precisamos decidir a doação naquele dia tão difícil, de perda. A grande maioria das pessoas quer doar quando a morte chegar. Querem fazer um ato de amor à vida.
No Brasil, mais de 4.000 transplantes renais são realizados anualmente. Somos o terceiro maior país em número de transplantes no mundo. São muitos pacientes sem precisar fazer hemodiálise. Vamos completar mil transplantes na nossa história em Joinville. São pacientes de todos os lugares do Brasil. A mudança de qualidade de vida é visível. O paciente renal, quando realiza um transplante e vai para casa com o seu novo rim, pode tomar água e comer o que gosta. Ele sorri diferente. Sorri porque pode tomar um copo de água. Sorri porque não precisa fazer hemodiálise. Sorri porque pode ir viajar. Sorri para a vida.
Espero que este dia de finados seja um dia de relembrar, homenagear e agradecer todos os heróis desconhecidos que trouxeram vida nova a muitas pessoas.
Obrigado!
Fonte: www.prorim.org.br
2ª Mobilização para Prevenção da Doença Renal.
E a ONG Alô Rim Livramento organizou pela 2ª vez uma mobilização em parceria com empresas locais que sempre ajudam a comunidade.
Confira as fotos da Feira de sucesso.
Laboratório Dr. Bolívar entregando material para coleta de urina. |
Equipe Alô Rim |
As enfermeiras da Secr. de Saúde com vacinas e verificação da P.A |
Farmácia Guimarães coletando o sangue. |
Laboratório Dr. Pio fazendo a coleta para o exame. |
Nossa 2ª Secretária entregando material informativo na entrada. |
Foram realizados diversos exames gratuitos para a comunidade.
Agradecemos mais uma vez a participação das empresas:
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SECRETARIA DA SAÚDE |
E o apoio das empresas:
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SECRETARIA DE CULTURA |
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